O Viveiro de Mudas Nativas da Fundação José Pedro de Oliveira é referência na cidade de Campinas quanto à produção de mudas destinadas a plantios em áreas de Mata Atlântica. Em 2024, a FJPO inicia uma ação de incentivo à população, realizando a Doação de Mudas para todos os cidadãos do Município que estiverem interessados em contribuir para o aumento das áreas verdes da cidade e, assim, para a preservação do Meio Ambiente.
Interessados deverão retirar as mudas na sede da FJPO, localizada na rua Mata Atlântica, 447, Bosque de Barão Geraldo, de segunda à sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 13:00 às 16:00. Restringimos a doação em número de três mudas por pessoa e enquanto houver estoque.
O plantio de mudas em áreas urbanas é uma ação de grande importância, pois oferece diversos benefícios à cidade, tanto para a população quanto para o Meio Ambiente.
Neste contexto, foi instituído pelo Decreto nº 15.986 de 19 de setembro de 2007 o Guia de Arborização Urbana de Campinas, considerando o disposto no Art. 7º da Lei nº 11.571, de 17 de junho de 2003, que disciplina o plantio, o replantio, a poda, a supressão e o uso adequado e planejado da arborização urbana e dá outras providências.De acordo com esse documento, a importância da arborização para os seres vivos é basicamente promover melhora e manutenção da qualidade de vida no ambiente em que vivem, o que abrange o bem-estar físico e psicológico. No Guia são listados alguns dos benefícios ofertados pela presença de árvores no meio urbano:
Oferecem sombreamento
Amenizam a poluição do ar, fixando poeiras
Embelezam os locais com o colorido de flores, frutos e folhagens
Aumentam o conforto ambiental
Amenizam o impacto das chuvas diretamente no solo
Absorvem carbono
Oxigenam o ar através da fotossíntese
Amenizam a poluição sonora (barreiras verdes)
Favorecem a infiltração de água no solo, contribuindo para minimizar enchentes
Funcionam como bloqueador de raios solares nocivos e como regulador de temperatura
Fornecem alimentos e locais de reprodução e de pouso para ANIMAIS
Diminuem a velocidade do vento
Para mais informações, acesse o Guia de Arborização Urbana de Campinas.
Recomendações
Antes de realizar o plantio de árvores e contribuir para a arborização urbana de Campinas, o cidadão interessado em adquirir mudas do Viveiro da Fundação José Pedro de Oliveira deve se atentar às recomendações aqui disponibilizadas, referentes ao local do plantio, ao preparo da área e à manutenção do plantio.
Local do plantio
Para definir onde será realizado o plantio, é necessário considerar todos os elementos que já existem no local, garantindo que haverá espaço suficiente para o crescimento da árvore ao longo do tempo.
No caso de espécies de árvores de pequeno e médio porte a serem plantadas em calçadas, o plantio de árvores só poderá ser realizado em passeios com largura mínima de 1.90 metros. Além disso, o canteiro onde será feito o plantio não poderá ser menor que 0.60 x 0.60 metros, devendo aumentar proporcionalmente ao crescimento da árvore, mantendo sempre uma área permeável ao redor do tronco. Quanto à presença de redes aéreas ou subterrâneas, as árvores devem ser plantadas e conduzidas de forma a não prejudicar redes de serviços como iluminação, telefonia, água, esgoto ou TV a cabo. Por exemplo, locais em que há a presença de uma rede de fiação elétrica convencional não são recomendados como área de plantio. Porém, no caso de árvores de pequeno e médio porte que não alcançam alturas prejudiciais ao funcionamento do serviço, seu crescimento precisa ser acompanhado de perto para caso haja a necessidade poda. Sempre que a largura do passeio permitir, é recomendável o plantio fora do alinhamento da rede, preservando sempre a faixa livre mínima de 1.20 metros, destinada à livre circulação de pedestres.
Outros distanciamentos a serem considerados nos plantios:
Esquina
5 metros
Postes
2 a 3 metros
Placas de sinalização
Não obstruir a visão da placa
Hidrantes
1 a 2 metros
Mobiliário urbano (bancas, cabines, guaritas, telefones)
2 metros
Instalações subterrâneas (gás, água, energia, telecomunicações, esgoto, tubulação de água)
1 a 2 metros
Caixas de inspeção (boca de lobo, boca de leão, poço de visita, bueiros, caixas de passagem)
2 metros
Transformadores
3 a 4 metros
Espécies arbóreas
5 a 8 metros
Preparo da área e plantio
1- A cova feita para o plantio deve ter capacidade suficiente para conter totalmente o torrão da muda, deixando um vão que depois será preenchido com terra. Em volta da cova deverá ser feita uma “coroa”, que irá dificultar o crescimento das gramíneas invasoras ao redor da árvore, além de aumentar a permeabilidade de água.
2- A retirada da embalagem que envolve o torrão deve ser feita somente no momento do plantio, cuidando para não danificar as raízes.
3- Um tutor (ex: vara de bambu) deve ser inserido na cova para auxiliar no desenvolvimento da muda. Ele deve ser fincado no fundo da cova ao lado do torrão, antes do plantio e do preenchimento da cova com terra, para não prejudicar as raízes.
4- Após a retirada da embalagem, a muda deve ser colocada no centro da cova. Seu colo deverá ser posicionado de maneira a ficar no mesmo nível da superfície do solo. Portanto, dependendo do tamanho do torrão, pode ser necessário preencher o fundo da cova com terra antes de colocar a muda.
5- Por fim, irrigar a área de plantio em abundância.
O MELHOR MOMENTO PARA REALIZAR UM PLANTIO É NA ÉPOCA DE CHUVAS
DAR PREFERÊNCIA PARA PLANTAR ÁRVORES FRUTÍFERAS E NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA
Irrigação: Durante os dois primeiros anos depois do plantio é importante realizar irrigações periódicas garantindo que não falte água para o desenvolvimento da muda, assim como manter a coroa. Após esse período, a árvore já deve estar estabelecida, precisando ser irrigada com menor frequência. Para a irrigação, volume de água recomendado deverá ser suficiente para umedecer toda a terra da cova do plantio (aproximadamente de 10 a 20 litros por muda). Lembre-se de dar uma atenção especial no período de outono-inverno (“estação seca”)!
Poda: Para que a nova árvore cresça em harmonia com os outros elementos que já existem no lugar (como outras árvores, equipamentos e serviços públicos), é preciso avaliar a necessidade da poda buscando preservar as condições vitais da árvore e seus benefícios ambientais. Se for o caso, é recomendado podar quando a muda ainda é jovem, para evitar podas severas na fase adulta. Exemplos de podas que podem ser realizadas: poda de formação, condução, limpeza, correção, adequação, levantamento e de emergência.
Remoção de plantas daninhas: Consiste na remoção de plantas conhecidas como ervas-daninhas, muitas vezes exóticas e consideradas parasitas por se aproveitarem da árvore e prejudicarem seu desenvolvimento. Exemplos: erva-de-passarinho, figueira mata-pau (suas raízes provocam o estrangulamento da árvore) e fios-de-ovos.